Vaticano: Papa destaca «riqueza» das ordens monásticas e contemplativas
setembro 24, 2017
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco concluiu sua série de audiências, na manhã deste sábado (23/9), no Vaticano, recebendo, na Sala Clementina, cerca de 230 participantes no Capítulo Geral da Ordem dos Cistercienses de Estreita Observância.
No discurso que pronunciou aos presentes, o Santo Padre falou do valor das comunidades monacais:
“Vou, com o coração e com a mente, até seus mosteiros, dos quais se elevam as incessantes orações pela Igreja e pelo mundo inteiro. Agradeço ao Senhor pela presença insubstituível das Comunidades monacais, que representam uma riqueza espiritual e uma constante admoestação a buscar ‘as coisas lá do alto’ para viver a realidade terrena na justa medida”.
Referindo-se aos trabalhos capitulares dos Cistercienses, o Papa destacou a reflexão e o intercâmbio de experiências para individuar os objetivos e percursos para viver, sempre com maior autenticidade, a sua vocação e consagração, sendo testemunhas de oração assídua, de sobriedade e de unidade na caridade”. E o Papa os exortou:
“A sua vida contemplativa é caracterizada pela oração assídua, expressão do seu amor a Deus e reflexo de um amor que abrange toda a humanidade. Por isso, exorto-os a dar grande importância à meditação da palavra de Deus, especialmente a ‘lectio divina’, que é fonte de oração e escola de contemplação. Ser contemplativos requer um caminho fiel e perseverante, para tornar-se homens e mulheres de oração”.
Não se trata de ser ‘profissionais”, frisou o Papa, mas apaixonados pela oração, levando em conta a fidelidade exterior às práticas e às normas para uma relação mais pessoal com Deus. Assim, vocês se tornam mestres e testemunhas do louvor e da intercessão pela salvação do mundo. Seus mosteiros continuam sendo espaços privilegiados, onde se pode encontrar paz verdadeira e felicidade genuína. E Francisco acrescentou: “Desde as suas origens, os Cistercienses de estreita observância se caracterizam por uma grande sobriedade de vida, uma válida ajuda para se concentrar no essencial. A sua simplicidade espiritual e existencial mantém todo o seu valor no contexto cultural, que favorece sua vida monacal interna e externa. Vocês são como cenobitas em um deserto especial, onde Deus se manifesta na solidão e na solidariedade”.
Neste sentido, o Santo Padre disse aos Cistercienses que eles “são solitários e separados do mundo para encontrar a intimidade divina”, mas também chamados a compartilhar a experiência espiritual com os irmãos e irmãs, com a contemplação, a liturgia da Igreja e a acolhida dos que buscam silêncio para viver em paz com Deus. E Francisco os incentivou: “Encorajo-os a serem testemunhas qualificadas da busca de Deus, escola de oração e de caridade para todos.
O Papa concluiu seu discurso recordando que “o Capítulo Geral é um a ocasião propícia, para todos os ramos da Ordem Cisterciense, para renovar, em clima de diálogo e de escuta recíproca, a comunhão de intenções sempre à busca da Vontade de Deus. (MT)
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