junho 26, 2012
Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa
Nos dias 16 a 19 de Junho, nosso Mosteiro participou do Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa, uma organização da Conferência Nacional dos Religiosos do Brasil (CRB), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil(CNBB) e representantes da Vida Monástica e Contemplativa.
O encontro aconteceu no Seminário Santo Afonso, dos
Missionários Redentoristas, na cidade de Aparecida(SP), eramos cerca de 200
religiosos.
A abertura foi feita pelo secretário geral da CNBB,
D.Leonardo Steiner que conduziu o momento. Participaram da mesa o prefeito da
Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de
Vida Apostólica, Dom João Braz de Aviz, o presidente da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil e arcebispo da arquidiocese de Aparecida, dom Raimundo
Damasceno, a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil, Ir.Márian
Ambrósio, o presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida
Consagrada e arcebispo de Palmas, Dom Pedro Brito, o monge cisterciense e abade
emérito da Abadia Nossa Senhora de Hardehausen, em Itaporanga, D.Luiz Alberto
Ruas Santos e a abadessa beneditina do Mosteiro do Salvador, Me.Vera Lúcia
Parreiras Horta.
Em sua fala, D.Raimundo deu as boas-vindas aos participantes
e manifestou a alegriaem acolhê-los na Arquidiocese de Aparecida, destacando
que a vida monástica e contemplativa é fundamental para a Igreja.
“A Igreja depende da oração e intercessão dos religiosos de
vida monástica e contemplativa. Assim como a vida de Cristo em Nazaré, os
contemplativos vivem no escondimento, na humildade, no silêncio de suas
clausuras”, disse.
"A grande marca, a grande riqueza deste evento se
concentra num fio de ouro, que às vezes suave como um sopro, às vezes violento
como uma tempestade tem força de nos converter: a Palavra de Deus, fonte de
cada oração de toda a nossa espiritualidade. Essa Palavra é como uma espada de
dois gumes, ela nos atinge e é como um fogo que arde em nós, como a chuva que
só volta ao seu lugar depois de ter cumprido a missão de fecundar a nossa vida.
Deixemos o nosso coração escancarado à ação do Espírito Santo.O amor foi a base
para fazer acontecer este encontro. Era o nosso grande desejo realizá-lo.” Com
esta afirmação, a presidente da CRB, Ir.Máriam Ambrosio a abertura do enconttro
a abertura, relatando uma breve memória da mudança da CRB para Brasília, após
54 anos no Rio de Janeiro e os encontro do Programa de Formação para a Vida
Monástica e Contemplativa.
Esse encontro somente foi possível graças à aprovação e
licença especial concedida às religiosas de clausura pelo prefeito da Sagrada
Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida
Apostólica, Dom João Braz de Aviz.
O cardeal manifestou a satisfação de deixar Roma para estar
neste encontro. “Estava ansioso por estar aqui. Sempre amei os religiosos. E em
minha pessoa sintam-se abençoados pelo Santo Padre Bento XVI”, se expressou.
Dom Pedro Brito comentou o empenho da CNBB, da CRB e da
Comissão na organização
e realização deste encontro. “Estamos a serviço de todos
estes organismos e desejamos que a vida monástica e contemplativa atinja maior
visibilidade na vida da Igreja. Provocar neste mundo que existem outra formas
de vida. Não nos esqueçamos da dimensão mística, vivendo só do ativismo”,
completou.
O biblista e bispo emérito de Mogi das Cruzes, D.Paulo
Mascarenhas Roxo refletiu sobre o lema do encontro: “Nossa Pátria é o céu!” (Fl
3,20). Nesta iluminação bíblica, D. Paulo provocou os participantes com a pergunta:
“Será que percebem o céu em nossa vida?” ser cidadão do céu não aliena nem
afasta nunca o cristão da realidade crua, às vezes, dura, da terra, dos irmãos
da terra, do mundo de aqui em baixo.
Cidadãos do céu sonham realizar um mundo com o perfume do
céu, da sua beleza, da sua paz, do seu amor, do seu Deus, do seu Senhor. A vida
contemplativa é profecia que proclama que toda realidade carrega uma dimensão
de céu. Nossas comunidades, nossos mosteiros, nossos eremitérios são
testemunhas do céu, buscam uma pequena parte da vida de céu,
já aqui na terra, sonham ser verdadeiros cidadãos do céu”, confirmou.
Para dom João Braz, a Vida Religiosa deve manter vivo no
cotidiano de sua existência alguns elementos fundamentais para a vivência da
santidade: a experiência profunda do amor de Deus, a dimensão trinitária que
nos inspira na vivencia da fraternidade com o outro, o diferente, o contexto
atual e a obediência religiosa.
"Como religiosa (o), preciso fazer a experiência do
amor de Deus. Deus é amor. Nos tornamos consagrados para responder a um olhar
de amor que Deus teve por nós. Nos fez deixar tudo porque valia a pena. Brasa.
Deus é comunidade. Ele resolveu desde sempre o problema da diversidade. Somos imagem
de que Deus nos amou (Gn 2,27). Deus criou homem e mulher. Um não é menos que o
outro. Deus nos criou à imagem do amor. A vida inteira é uma busca do amor. Às
vezes, erramos onde procurar o amor. Voltar ao relacionamento de amor e nos
perguntar: Quem é o outro para mim? O outro é um problema para mim? O outro é a
grande oportunidade de eu gerar o outro que é Deus e eu só posso gerar sendo
dois. O amor é Deus. O outro me dá a possibilidade de experimentar o amor. Amar
o outro como ele quer ser amado. Julgar pertence a Deus”, relatou.
Para dom João o exercício da obediência é exercício das duas
partes envolvidas de perceber e buscar qual é a vontade de Deus. Para ele o
superior precisa ter clareza e discernimento para saber se o que ele vai dizer
ou sugerir para seus irmãos(ãs) é de fato a vontade de Deus, pois o poder só
tem sentido se é serviço e se não massacra a pessoa do outro. O súdito, por sua
vez, não deve pecar por omissão. Não ajudar o superior a discernir a vontade de
Deus, expressando seus sentimentos, é, segundo ele, prejudicial para que o
desejo de Deus se torne realidade.
Veja a Mensagem Final deixada por todos nós religiosos e religiosas à Igreja e à sociedade: http://encontrovidamonasticaecontemplativa.blogspot.com.br/
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Dom João Braz de Aviz , prefeito da Sagrada Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica |
Dom Raimundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e arcebispo da arquidiocese de Aparecida |
Me.Vera Lúcia Parreiras Horta, abadessa beneditina do Mosteiro do Salvador. |
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